Trabalhadores dos EUA estão mais satisfeitos com seus empregos, aponta pesquisa

De acordo com uma pesquisa divulgada pela CNN no dia 14 de maio de 2023, realizada pelo The Conference Board, os funcionários dos EUA estão experimentando níveis mais altos de satisfação no trabalho. Essa tendência positiva pode ser atribuída a duas razões principais: um mercado de trabalho mais competitivo, o que resulta em melhores salários, benefícios e condições para os trabalhadores, e uma maior flexibilidade nas normas de trabalho.

A pesquisa revelou que mais de 62% dos entrevistados indicaram estar geralmente satisfeitos com seus empregos, representando um aumento de 2,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior e um salto de 5 pontos percentuais em comparação com o registrado em 2020. É importante destacar que o menor nível de satisfação registrado na história da pesquisa foi em 2010, durante a esteira da Grande Recessão, com 42,6%.

Dentre as 26 métricas utilizadas para avaliar a satisfação, os entrevistados consideraram fatores como salários, bônus, cargas de trabalho, reconhecimento, políticas de promoção, segurança no emprego, relacionamento com colegas, liderança e cultura organizacional, bem como deslocamento e benefícios relacionados (como férias, licenças por doença, licença familiar, horários flexíveis e planos de aposentadoria).

Os pesquisadores afirmaram que, além de uma remuneração competitiva, os fatores que mais influenciam a retenção de funcionários estão relacionados à experiência e à cultura de trabalho.

Eles destacaram que, na maioria dos fatores analisados, os funcionários com normas de trabalho híbridas (combinação de trabalho presencial e remoto) demonstraram maior satisfação em comparação com aqueles que trabalham completamente remotamente ou completamente presencialmente.

Aqueles que mudaram recentemente de emprego também expressaram maior satisfação no trabalho. A pesquisa revelou que a satisfação geral no trabalho é 3,6 pontos percentuais maior entre aqueles que encontraram um novo emprego desde o início da pandemia, em comparação com aqueles que não encontraram. Os entrevistados que mudaram de emprego mencionaram que tiveram um aumento significativo na satisfação devido a programas de treinamento no novo trabalho, plano de bônus, benefícios de saúde mental e políticas de promoção.

No entanto, a pesquisa também apontou que as mulheres expressaram menos satisfação do que os homens no ambiente de trabalho. Essa disparidade reflete a realidade da disparidade salarial entre homens e mulheres, bem como a escassez de lideranças femininas em muitas empresas. 

Segundo os pesquisadores, as mulheres relataram menor satisfação em relação à segurança no emprego, políticas de promoção, planos de bônus, além de todas as remunerações e benefícios, como salário, auxílio-doença, férias e planos de saúde. Além disso, as mulheres também demonstraram insatisfação em relação ao reconhecimento no ambiente de trabalho, avaliações de desempenho e potencial de crescimento

 Fonte: CNNBRASIL